Manaus tem projetos de mobilidade urbana que ainda não saíram do papel.

    A cidade de Manaus possui inúmeros projetos de mobilidade urbana que se quer foram implantados. Nesses últimos 10 anos passaram pelo comando da cidade os Prefeitos, Serafim Correa (PSB), Amazonino Mendes (PDT) e atualmente Artur Virgílio Neto (PSDB). O orçamento da prefeitura nessas três administrações ultrapassa os R$ 20 bilhões em uma década.

Projetos como o sistema binário, anel viário, BRT, monotrilho, passagens subterrâneas, viadutos, construção e duplicação de novas avenidas estão em um pacote de obras que se quer começaram.

Sistema Binário

Anunciado em maio de 2010, o sistema binário foi orçado em R$ 20 milhões. A área de abrangência do projeto seria as avenidas Constantino Nery, que teria o tráfego sentido bairro-Centro, e Djalma Batista, com o sentido Centro-bairro.

No aspecto técnico, envolveria a construção de baias para os ônibus, novos abrigos, implantação de passarelas, semáforos inteligentes, entre outras mudanças.

Bus Rapid Transit – BRT

Com investimento previsto de R$ 230 milhões o sistema de Bus Rapid Transit (BRT, na sigla em inglês) foi apresentando em audiência pública em setembro de 2010, pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). O projeto pretendia ligar a Zona Leste da cidade ao Centro através de um corredor exclusivo para os ônibus do sistema, semelhante à ideia do Expresso, criada no início de 2001.

 Obras viárias: viadutos e passagens subterrâneas

O contrato de financiamento assinado pela prefeitura de Manaus, 2008, com investimentos orçados em R$ 150 milhões, previa a construção de três viadutos e três passagens subterrâneas nas avenidas Umberto Calderaro Filho com André Araújo, Ephigênio Salles e João Valério com Maceió. Todo o complexo de obras deveria durar dois anos.

Outros Projetos Viários

As passagens subterrâneas das Ruas João Valério e Pará no Vieiralves, projetados em 2012 que deveriam abranger as avenidas Djalma Batista, Constantino e a estrada do São Geraldo desafogando e dando agilidade nessas áreas, não foram implantados. Na gestão atual a construção de dois viadutos, um no Manôa e outro na Bola do Produtor está entre as promessas.

Anel Viário de Manaus

O projeto do anel viário de Manaus, possui 41 km de extensão, cerca de 29 estações e a distância média de uma estação e outra vária em 1,4 km. Caso for executado a obra interligará praticamente maioria das zonas urbanas de Manaus. O projeto está estimado em R$ 285 milhões, sendo R$ 92,573 milhões para o anel sul e pouco mais de R$ 192 milhões para o leste. De acordo com a secretária de Infraestrutura do Estado. Para o Arquiteto e Urbanista Bosco Chamma, ele fala que o projeto está pronto e poderia servir além, do sistema de ônibus coletivo tradicional, também tem aplicabilidade em outras modais. Como: monotrilho ou BRT.

Redução no número de passageiros do transporte coletivo de Manaus

Uma cidade como Manaus, que possui cerca de 1.400 ônibus, carrega diariamente 350 mil passageiros, ou seja, 30% das linhas são responsáveis por 70% da demanda da cidade. Nos últimos anos a capital reduziu o seu número de passageiros do transporte coletivo tradicional. De acordo com o Arq. e Urb. Bosco Chamma, essa menor demanda é em relação a incentivos do governo federal, como a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI. “O governo falhou em não elaborar projetos que envolvam a mobilidade, às pessoas aproveitaram esse imposto reduzido para adquirir o seu carro, e isso implica diretamente no nosso trânsito”. Argumenta. 

Projeto do Monotrilho de Manaus

 O Monotrilho de Manaus é um sistema de transporte coletivo. Com data prevista para iniciar as obras no segundo semestre de 2013, teria 20 km e 9 estações, ligaria o centro de Manaus ao bairro Jorge Teixeira, na zona leste da cidade, a um custo de R$ 1,4 bilhão. De responsabilidade do governo do estado.

“O transporte de massa mais barato que existe para superpor a um sistema viário existente. O que complica é o valor da passagem, inviável para maioria da população. Já o metrô ecologicamente falando não seria viável”. Explica Arq. Urb. Bosco Chamma.

Plano de Mobilidade Urbana, gestão atual.

Com Investimentos de R$ 2,6 bilhões para melhoria da infraestrutura viária e de trânsito de Manaus. O Plano de Mobilidade Urbana foi apresentado e segue em analise. O presidente da SMTU, Pedro Carvalho informou que o projeto prevê a construção de 40 km de corredores de ônibus a implantação de 13 pistas para o tráfego do transporte coletivo nas avenidas André Araújo, Brasil, Carvalho Leal, Djalma Batista, Umberto Calderaro, Joaquim Nabuco, Leonardo Malcher, Mário Ypiranga Monteiro, Boulevard, São Jorge, Sete de Setembro e Getúlio Vargas.

Presidente do CAU/AM

“A mobilidade urbana é um item fundamental no planejamento urbano e no desenho de projetos urbanos. A mobilidade é resultado, mas também vetor que estimula ocupação. O pouco que temos de planejamento urbano em Manaus é equivocado ao separar mobilidade urbana e transporte coletivo do projeto urbano. Vejam o caso da Avenida das Torres: Não veio acompanhada de um projeto nem de integração com a malha urbana do entorno, particularmente, o viaduto do Coroado, muito menos do planejamento do uso e ocupação de seu entorno linear imediato. O caos se instala rapidamente”. Argumenta Arq. Urb. Jaime Kuck, Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU/AM.

FONTE: CAU/AM – Publicado 07/01/2016

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