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05/03/2018ㅤ Publicado às 12:49

Manaus é a cidade urbana do Brasil que mais vai crescer até 2020, segundo relatório da fundação City Mayors. O centro de estudos dedicado a temas urbanos ainda revelou que a taxa média de crescimento anual é de 2,83%, perdendo a ponta da tabela apenas para Brasília, que ocupa a primeira posição com 2,99%. Neste cenário, a transformação do ambiente urbano e a liderança consciente são essenciais para minimizar o caos e garantir mais segurança, conforto, sustentabilidade e acessibilidade à população. 

“Precisamos nos preparar. O consumismo e a pressa de ‘levantar’ cidades resultou em ambientes totalmente desorganizados, que não favorecem o cotidiano. Diante disso, temos que criar mecanismos para superar desafios e trabalhar para projetar qualidade de vida às pessoas, pois a tendência é o indivíduo deixar o campo, o interior, em direção às áreas urbanas, o que faz com que mais da metade dos habitantes do planeta more hoje nas capitais”, explicou o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU/AM), Jean Faria.

Para combater a desordem, segundo Jean, é necessário planejar e contar com apoio do poder público e da sociedade. Voltando os olhos para a capital amazonense, o presidente ressalta que desenvolver um projeto de arborização é essencial para evitar o aumento na temperatura e a proliferação de doenças. O gestor lembra que um estudo do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) aponta que apenas 22% da área urbana de Manaus é arborizada, percentual considerado mínimo por especialistas.

“A arborização urbana é uma necessidade, principalmente porque daqui a vinte anos haverá maior concentração populacional nas cidades. A arborização tem uma série de benefícios, pois atenua o calor, reduz a força das chuvas, ajuda a evitar enchentes, melhora o clima das cidades e a umidade do ar, deixa as temperaturas mais amenas, acelera o ciclo da água, regulariza a chuva e ainda combate vários tipos de doenças, principalmente as respiratórias”, listou Faria.

A acessibilidade é outro fator importante para a formação de uma cidade. Jean afirma que menos de 2% dos prédios e serviços públicos federais oferecem condições de acesso adequados às pessoas com deficiência, sendo que o Amazonas tem mais de 700 mil PCDs. Os dados são do Tribunal de Contas da União (TCU).

“É necessário conscientizar que projetar e construir visando a acessibilidade universal é algo previsto em lei e é uma questão de inclusão social. Este benefício não necessita de investimentos extremos e conseguimos melhorar o ambiente com adequações simples, como pisos planos e antiderrapantes, boa iluminação nas áreas de circulação, rampas, plataformas, barras de apoio, elevadores acessíveis, sonorização e demais”, frisou o arquiteto

Ainda segundo Jean, quando se pensa em cidade, deve-se dar atenção tambem às casas e empreendimentos públicos e privados, uma vez que esses compõem de maneira ampla a estrutura de uma metrópole. Projetos com critérios de paisagem, visando o futuro e trabalhando com as principais demandas das pessoas, devem ser levadas em conta por profissionais.

“Através do Arquiteto e Urbanista é possível ter projetos com criatividade e conhecimento técnico. O planejamento visa economia dos recursos, escolha de materiais e tecnologias adequadas, obra com duração calculada, melhor uso e distribuição de espaços, maior durabilidade e valor de venda do imóvel, garantia técnica de qualidade e respeito às normas técnicas. Tudo isso resulta em segurança e bem-estar”, garantiu.

 Cidades nos formam

Inspirado no conceito do urbanista dinamarquês Jan Gehl, que diz “Primeiro formamos as cidades, depois elas nos formam”, outros itens devem ser adotados como prioridades públicas. Essas modificações, aliás, já ocorrem nas grandes metrópoles do mundo, como: transportes coletivos alternativos e adaptados, áreas para a prática de atividades físicas, calçadas largas, ruas iluminadas, rampas à disposição, faixas de pedestres organizadas, entre outros.

“A cidade que o indivíduo merece depende do urbanismo responsável e da liderança consciente. Um Plano Diretor que realmente atenda às exigências fundamentais de ordenação da cidade pode ser feito e deve ser seguido.  Os erros cometidos por gerações passadas, falo isso pensando no ser humano de modo geral e não à política, tem a utilidade de fazer com os erros não sejam repetidos, castigando o mundo”, disse Jean.

Contrate um profissional

Para garantir o avanço em relação a formação de novas cidades é necessário valorizar e investir em profissionais. O Arquitetos e Urbanista é um deles. Por isso, é importante que o contratante exija o Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), pois este documento comprova que o profissional é habilitado, tem situação regular perante ao Conselho para realizar projetos, obras ou serviços técnicos.

“O RRT é uma proteção à sociedade e confere legitimidade ao profissional, fornecendo segurança técnica e jurídica para quem contrata e para quem é contratado. Os RRT são gravados no Sistema de Informação e Comunicação do CAU (SICCAU) e compõem o acervo técnico do arquiteto e urbanista. Além disso, o CAU/AM está trabalhando junto ao poder público para cada vez mais viabilizar a participação do profissional em projetos”, explicou Jean Faria, ao informar que o CAU/AM está à disposição para servir à população e mais detalhes sobre RRT podem ser consultadas na entidade ou pelo telefone (92) 3302-2959.

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