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19/05/2017ㅤ Publicado às 14:53

Foto: Divulgação | CAU/AM

O Edifício Rio Negro Center, localizado na Rua 24 de Maio, Centro Histórico de Manaus, inaugurou uma fase de modernização da arquitetura, em meio à polêmicas, na área central da cidade, na década de 70, época de implantação do modelo Zona Franca de Manaus. 

‘O modelo de zona Franca de Manaus, apesar dela ter dado esse impulso para o crescimento da cidade e como um pólo, digamos assim, de atração não só do interior da Amazônia, como do país todo, por outro lado ela também assume uma posição tanto quanto paradoxal e eu hoje me preocupo um pouco pelo fato da cidade ser praticamente refém do pólo industrial de Manaus, nós tínhamos que ter outras economias que pudessem dar sustentação econômica a cidade’. Afirma o arquiteto e urbanista – Jaime Kuck. 

Com o grande número de migrantes chegando à região Norte, o Amazonas passa a ter um número maior de habitantes, onde uma grande parte passou a residir nas localidades próximas à floresta, ou até mesmo na cidade em volta dos igarapés, contribuindo para a formação e o desenvolvimento de Manaus, o que possibilitou a construção de prédios, casas e escolas.

Segundo a historiadora Etelvina Garcia foi no ano de 1889 que a população amazonense passou a ter saneamento básico. “Torneiras eram instaladas pela cidade através de um sistema de abastecimento de água projetado pelo Engenheiro Lauro Bittencourt. O sistema de água, era comandado pela usina hidrelétrica construída no igarapé da Cachoeirinha Grande. Logo abaixo, na confluência do igarapé dos Franceses com o Igarapé do Mindu”. Pontua Etelvina. 

Nesse contexto histórico, o maranhense Eduardo Ribeiro se consagrou governador do Estado, ele foi o grande protagonista pela transformação da capital, que passou a ser conhecida como “Paris dos trópicos”. Em seu mandato ocorreram às grandes construções como: o teatro Amazonas, o Palácio da Justiça, o Porto etc.

 

Análise: Por Elizangela Sena – Arquiteta e Urbanista

Foto: Valter Calheiros

“A palafita hoje, ela é extremamente marginalizada, a ideia que a gente tem que só quem mora em palafita é marginal ou quem é muito pobre, ou seja, as pessoas tem uma concepção agregada de luxo, e acabam copiando projetos de fora que não se adaptam à nossa região, eu acredito que o papel do arquiteto, do estudante de arquitetura, do morador em geral é conscientizar, dá valor para o que a gente tem.  A palafita é um projeto maravilhoso – gente é ideal pra cá, o rio sobe, o rio desce, ela está lá, tem ventilação na casa. Portando, o que deve ser feito é um projeto de  infraestrutura para elas, não um novo projeto, porque nós não temos, a gente tem algo bom que precisa ser valorizado, mas isso é uma coisa cultural né… e pra quebrar essa cultura é insistência e tempo”

 

Fonte: CAU/AM – Publicado em 19/05/17

 

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