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19/02/2016ㅤ Publicado às 07:00

Sem dúvida alguma, Severiano Mário Porto, foi indiretamente, um dos grandes homens que, depois de Eduardo Ribeiro foi quem promoveu a cidade de Manaus e o Amazonas por mais de 30 anos, através de seu conjunto de obras premiadas.

O arquiteto da floresta conheceu a cidade de Manaus ainda jovem, por volta dos 33 anos e veio a turismo conhecer a cidade e a região amazônica. Nessa época ele já estava formado em arquitetura (1954) há pelo menos 9 anos, durante sua estadia consegue estabelecer diversos contatos na região. Anos depois foi chamado para realizar alguns projetos a convite do governo do Estado.
Permaneceu quase dois anos na cidade para desenvolver projetos encomendados pelo Governo do Estado, no qual não foram completamente concretizados. Com a demanda de solicitações para realizar projetos, Porto resolve mudar-se para Manaus em 1966, mantendo o escritório no Rio de Janeiro, junto com seu sócio, o arquiteto Mário Emílio Ribeiro, onde começam uma jornada de projetos consagrados e premiados, como:
– Estádio Vivaldo Lima (demolido);
– Restaurante Chapéu de Palha (demolido);
– Campus da UFAM (sofrendo descaracterizações);
– Hotel em Silves (descaracterizado);
– Casa do Arquiteto (demolida);
– Centro de Proteção Ambiental e a Vila de Balbina (em ruínas);
– Dezenas de Casas, como a residência Robert Schuster (preservada)
– E mais de 300 obras e projetos.
Estas foram algumas das obras consagradas que nortearam Manaus, no cenário mundial da arquitetura contemporânea, suas premiações deram visibilidade ao estado que estava se desenvolvendo economicamente, depois da decadência da borracha, que também trouxe, no início do século passado, uma boom para a arquitetura na região.
Os dois períodos que marcaram significativamente a arquitetura em Manaus, hoje sofrem com o abandono, demolições e descaracterizações de projetos que foram pensados e desenvolvidos para se adequarem a situação local, sua gente, seu clima e sua humanização no contexto urbano que cresce desenfreadamente, sem nenhum norte ou traçado ordenado.
Hoje a memória internacional da ‘arquitetura manauara’ está guardada nos periódicos e imagens daqueles que ainda têm esperança de que um dia, o poder público possa olhar e dar o verdadeiro valor ao legado deixado por Severiano Porto.
FONTE: ARCHCULTURA

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